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Para onde estamos indo?

Por Débora Rocha

No apagar das luzes de 2023, a Prefeitura de Curitiba anunciou a abertura de uma consulta pública sobre MaaS. Por trás de uma atitude que pode parecer democrática, a direção desta consulta é, no mínimo, contrária para a qual deveríamos ir. Vou te contar o porquê.

Ao acessar o portal Conecta Curitiba, no qual a consulta pública foi realizada, dois parágrafos com letras muito pequenas “explicavam” do que se trata a participação:

No âmbito do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, a Prefeitura de Curitiba se prepara para lançar um edital de contratação de inovação para responder ao desafio: Como oferecer uma solução inovadora que integre os serviços de mobilidade na capital e na região metropolitana buscando aumentar o número de usuários de maneira mais sustentável, eficiente e inclusiva? O objetivo é receber contribuições para subsidiar futura e eventual contratação de solução inovadora para os usuários de serviços de transporte que reúna diferentes funcionalidades e tenham dados compartilhados com a administração pública para o planejamento do transporte coletivo, dentro do conceito Mobilidade as a Service (MaaS).

No primeiro parágrafo uma pergunta grande e poderosa. Para respondê-la existem milhares de possibilidades. Certamente os cidadãos e cidadãs que moram na região sul de Curitiba podem ter várias soluções, quem mora no centro, outras. Portanto, não custa lembrar que há diversas formas para “aumentar o número de usuários de maneira sustentável, eficiente e inclusiva” sem a utilização de “uma solução inovadora” que não envolva tecnologia digital. Como exemplo, a tarifa zero para o uso do transporte coletivo e a ampliação de ciclovias e ciclofaixas por toda a cidade.

“Ah Débora, lá vem você sendo contra a tecnologia!” — alguém pode ter pensado. Então preciso dizer, não sou contra ela. E posso provar…

Leia o texto completo no Medium.

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