Vila Torres – dados, vírus e território

Entre os anos de 2020 e 2022, pesquisadores e pesquisadoras do Jararaca participaram da pesquisa “Cidade Pós-Pandêmica: assimetrias de cenários, permanências e descontinuidades”, financiada pela PUCPR e coordenada pela Professora Letícia Hardt, colega do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU). A pesquisa sobre a cidade pós-pandêmica focava o território de favelas e comunidades vulnerabilizadas da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) durante o período pandêmico, com o olhar para o futuro que se desdobraria a partir dessa crise sanitária global. O estudo apresentou três dimensões investigativas. A primeira, voltada ao estabelecimento de soluções e casos de referência em termos de inovações físico-territoriais, socioeconômicas, político-institucionais, jurídico-legais e técnico-tecnológicas, de modo a subsidiar mudanças no ordenamento de cidades pós-pandêmicas. A segunda, relativa ao estudo de caso propriamente dito, e direcionada a ações diretas, inclusive junto a comunidades selecionadas na RMC, que centrou seus esforços na comunidade da Vila Torres, na região pericentral de Curitiba. A terceira, embasada nas anteriores, consistiu na sistematização de estratégias de gestão urbana, com vistas ao enfrentamento da problemática explicitada.

Os pesquisadores do Jararaca, Rodrigo Firmino e Gilberto Vieira, ficaram responsáveis pela parte 2, que corresponde ao estudo de caso da Vila Torres, um dos territórios mais conhecidos da cidade de Curitiba, uma comunidade que teve origem na ocupação de áreas próximas ao centro da cidade, e hoje já estabelecida e reconhecida pela prefeitura municipal como “área urbana” (Lei Ordinária número 8841/1996).

O objetivo dessa parte da pesquisa foi confrontar informações e dados dos órgãos oficiais e da imprensa local com as percepções de alguns representantes da comunidade que trabalha e habita a Vila Torres. Os principais temas que compõem esse confronto entre dados e narrativas foram: violência; redes de solidariedade locais; mudanças físicas no território para suprir ausência/deficiência de infraestrutura na pandemia; economia local, sobrevivência dos negócios e situação dos catadores; saneamento; educação; e saúde.

Acesse aqui o relatório completo do estudo de caso.

Veja aqui o folheto de divulgação.

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